"Preocupa-me pouco aonde ir "- disse Alice
"Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas" - replicou o gato.

Lewis Carroll

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

livro O Doce Plano das Galinhas ilustrado, para crianças a partir de 3 anos de idade.



Você já leu um conto de fadas para seu filho? Pois deveria ler. 
Os contos de fadas trazem a fantasia e o sonho e, por isso mesmo trazem animais falantes e situações fantásticas; trabalham os arquétipos "o bom" , "o mau" e buscam a realização do "herói", tais como o Lobo mau e os três porquinhos, Chapeuzinho vermelho entre outros.

Não vou me alongar na teoria e formato dos contos mas, se você quiser saber mais sobre isso escreva para mim; Hoje vou direto ao livro - o primeiro de fábulas que ilustrei - e fiz em parceria com Nara Vidal, escritora brasileira que mora em Londres e tem muita história boa para nos contar.

Do livro novo:

Trata-se do O Doce Plano das Galinhas, um conto divertido e inteligente, que deixa uma mensagem positiva sobre amizade, união para resolução de problemas e, de quebra, reforça nossa luta na escovação diária dos dentinhos, hehehe.



Aqui a capa e a quarta capa com a sinopse do texto






Uma das coisas  que mais em agradam nesse ofício criativo de ilustrar livros é a experimentação e a troca de ideias, neste livro brinquei com tinta acrílica e óleo para obter cores mais fortes, quase dramáticas.  

Quando o texto chegou às minhas mãos me encantei com o tom divertido e logo vi que tinha um contos de fadas para ilustrar. Convidei autora e editoras para um chá das cinco horas e depois de muita comida, chá, sucos e risadas juntamos nossas ideias, por exemplo, um pedido da escritora: "Penso em algo bem colorido, divertido" e isso teria que combinar com o lado mais pop de uma das minhas editoras, que gosta muito de rock and roll e queria algo: "Bizarro, maluco, engraçado", a outra editora concordou quanto as cores fortes e acrescentou ideias para o cenário;  minha contribuição foi o entendimento do texto como fábula e inventar animais com maneirismos e hábitos humanos, por exemplo, as roupas dos anos 60 (observem os vestidos de bolinhas, armações de óculos, bolsas, colares e lenços das galinhas, calças, suspensórios e sapatos do porco e burro, casaco e cartola para raposa macho e boá e salto para raposa fêmea)



 






O livro ficou bacana e já participou de um salão literário, a CLIM (Macaé, no RJ), veja as fotinhos:




Nara e o nosso livro.


As organizadoras tiveram a ótima ideia de expor os desenhos originais de cada livro apresentado, ai algumas cenas do O Doce Plano das Galinhas que enviei para a mostra.






Nara Vidal, a escritora do livro entre as organizadora da CLIM  Simone C S Mota  e   Gláucia Pinheiro.

Parabéns meninas pelo empenho, dedicação, competência para fazer acontecer, os leitores agradecem!







segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Fecho um ciclo, abro o coração para cuidar, amar e proteger.



É hoje o lançamento do livro mais querido do mundo, pelo menos para mim é assim, muito querido mas, não foi sempre assim não. 
No começo foi um e-mail de um remetente desconhecido, uma editora que navegando nesse mundo maravilhoso que é a internet encontrou esse blog, essa página cheia de rabiscos, aquarelas, palavras, sentimentos... Rosana Pierre, o nome da editora, leu, viu e, palavras dela "se arrepiou" pensando nas minhas aquarelas para o livro No Meu corpo mando eu. 

Um dia desses mais frios, era maio, eu abro minha correspondência eletrônica e tava lá um convite para ler um texto e, se eu me interessasse, ilustrar um livro infantil e o tema era sobre Abuso Sexual, nem terminei de ler o tal e-mail, pensei comigo: "Que horror, não quero ler esse texto, nem quero nada com esse assunto cruel, feio..."  Mas, tem coisas que são pra ser, sabe assim? E a (querida) Rosana me ligou, perguntando se eu tinha lido e o que tinha achado, eu respondi que não queria participar de nada sobre esse mundo cruel, de feridas, mas, e se se for para PREVENIR, PROTEGER as crianças alertando como o abuso se dá e com dizer NÃO? - perguntou a sensível editora. - Peraí, é um livro para prevenir ?!! Sim, então sim, eu quero participar.

E agora ele tá ai pronto, nosso livro valente, sem papas na língua, dizendo O QUE É um abuso sexual e como se PREVENIR, dizendo em letras garrafais que NO MEU CORPO MANDO EU. É nosso, da Rosana Pierre, da Maria Isabel, da Maria Antonia as corajosas editoras que apostaram no projeto; nosso do Antonio C. Egypto e Marga Moura e dessa ilustradora; e nosso, dos educadores, psicólogos, pais, amigos, madrinhas, crianças, jovens do Brasil todo.

  Tem muitas aquarelas delicadas, muita simbologia e o meu coração, que encerra - para mim - uma violência sexual sofrida na infância e que, através desse livro vira amor. E o que eu sou hoje é escolha, é amor, luz, perdão, bondade e o que fui é passado.



quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Lançamento do livro No meu corpo mando eu (prevenção do abuso sexual infantil) na Bienal de Sampa, 2014


















os autores Antonio Carlos Egypto, Marga Moura, amigas, eu e Maria Antonia Pietrucci Gonzalez, nossa editora no stand da ed. Cuore, na Bienal Internacional do livro em São Paulo. Agosto 2014.





Para adquirir o livro entre em contato com editora Cuore: 

Telefone: (11) 3857-4488 | contato@editoracuore.com.br

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Livro infantil ilustrado sobre rituais de sepultamento! Descobrindo a Arqueologia – O Que os Mortos Podem nos Contar sobre a Vida?

Livro apresenta a ARQUEOLOGIA de forma didática e divertida, ideal para iniciar o tema com a criançada.

Como era a vida no Brasil há 14 mil anos? Quem foram os 
vikings? E a escravidão, como começou e por quê? As 
respostas para essas e outras curiosidades estão em 
Descobrindo a Arqueologia – O Que os Mortos Podem nos 
Contar sobre a Vida?, um lançamento da Cortez Editora.

Ricamente ilustrado... por mim!! eba!! , o livro, impresso em papel couché, descreve a simpática história de vô Roberto, um arqueólogo que conta a seus netos, Luísa e Felipe, alguns fatos preciosos que envolveram a humanidade. Tudo começa quando os irmãos sofrem a perda da jabuti Cristal e o avô convida os netos a conhecer inúmeras histórias, de princesa, escravo, caçadores, piratas, a fim de compreenderem as origens da vida e a experiência de morte. 

Embora muitos não saibam, as dúvidas das crianças estão 
ligadas à arqueologia, à ciência que estuda a sociedade no 
passado a partir da observação da cultura material que 
reúne vestimentas, móveis, artesanatos, adornos, além de 
restos orgânicos, que incluem múmias e ossadas. O avô 
reúne as dúvidas dos netos sobre como se dava o processo 
da morte, como seria o sepultamento, onde ela seria 
enterrada para explicar aos meninos como cada povo 
vivencia a experiência da morte de acordo com sua cultura. 

Desde a idade da pedra, passando pela Rússia, o livro 
apresenta fotos de esculturas, imagens, adornos em ossos 
da época, descreve o povoamento da América, os primeiros 
agricultores e pecuaristas da Europa, há cerca de seis mil 
anos. Pesquisas completas descrevem o que as pessoas que 
viviam naquela época comiam, em que ambiente viviam, 
como seus corpos foram enterrados. Os funerais vikings 
também estão detalhados. A pira de madeira e o barco 
ardendo em chamas que simbolizavam a entrada no outro 
mundo e a admiração desses povos por instrumentos de 
navegação são alguns dos temas descritos.





 



 São 108 páginas com muita ilustração e fatos históricos, para adquirir: http://www.cortezeditora.com.br/DetalheProduto.aspx?ProdutoId=9f11aef0-049e-e311-a9e2-842b2b1656e4



Algumas imagens do livro, já impresso:







terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Ilustrando textos: análise literária e interpretação gráfica, no Museu da Imagem e do Som.

Neste mês de fevereiro fiz uma oficina criativa com Janaina Tokitaka, ela, que além de dez anos de experiência em ilustrar e escrever livros infantis, é uma pesquisadora da arte de ilustrar tem tarimba para nos ensinar a ver e ler imagens, metáforas visuais e aprender a ler textos com os olhinhos de co-autor da história. No curso vemos a história da ilustração (e na oficina do ano passado mergulhamos no universo dos Contos de Fadas)e nos jogamos em desafios criativos.

Nos desafios criativos a Jana me provocou a buscar uma linguagem nova, eu que sou estudante de desenho realista e do pictórico deveria enxergar valor e beleza em imagens abstratas e linhas de construção, sem desmerecer o realista, sem endeusar o abstrato, apenas sentir, experimentar, arriscar.

De contos apresentados tínhamos que criar capas de livros e, eu que ando num romance apaixonado pelo nanquim fiz estas duas imagens, uma na oficina do ano passado, outra ontem.

Esta aqui foi para um conto de fadas criado por um dos colegas do curso, tinha todos os elementos de contos de fadas o texto, a busca pessoal, a transformação do personagem principal, o fantástico... e a capa ficou assim, com caneta nanquim. A professora, gentilíssima aprovou.




Este que mostro abaixo foi mais complicado, foi tarefa trazida para casa, pedia mais tempo, afinal o texto do ilustrador e escritor inglês Edward Lear, e o texto apresentado é um limerique , um poema monostrófico de cinco versos, com ritmo anapéstico ou anfíbraco, uma Nonsense Songs, e ilustrar um limerique não é fácil, não! 





Aqui trabalhei com bico de pena e nanquim Winson & Newton.

Pesquise por limeriques, e pelo "Os Jambaleiros do Edward Lear", daí você me diz se eu acertei a capa do livro fictício que apresentei ontem; e já posso te dizer que minha mestra disse: "Maravilhoso!!"

:)

O prazer do ofício de ilustrar cresce ao conhecer gente bacana, entender mais sobre história da arte da ilustração e fazer cursos com artistas do quilate da Jana Tokitaka. 

Recomendo muito as oficinas.